Amorosa e família: recepcionista morta na Cidade Nova é sepultada sob forte comoção

Camila Sampaio foi encontrada morta dentro da sua casa e embaixo de um colchão

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A cerimônia de sepultamento de Camila Sampaio Rodrigues, 32 anos, estava marcada para às 11h desta quarta-feira (23) no Cemitério da Baixa de Quintas. Antes das 10h, a capela reservada para que amigos e familiares pudessem se despedir estava lotada. No entra e sai, diversas pessoas não conseguiam conter o choro pela recepcionista que foi encontrada morta na terça-feira (22) em casa. Tristes, incrédulos e arrasados foram alguns dos adjetivos usados por pessoas próximas para definir o estado de todos.

Além do contorno de crueldade, já que a principal suspeita é que ela tenha sido morta pelo ex-companheiro que morava de favor com a recepcionista, a dor de perder alguém tão querido para quem estava a sua volta afetou a todos por lá. Jandira Arcanjo Rodrigues, tia de Camila, fez questão de falar com a imprensa. Mesmo chorando, quis contar um pouco sobre uma mulher admirada por todos.

“Minha sobrinha era uma menina trabalhadora, todo mundo gostava dela. Você pode ver aí como está cheio o enterro dela. Era muito querida, tem um filho de 6 anos. Ainda foi solidária, como sempre, com esse sujeito que fez isso com ela. Camila disse que tudo bem ele ficar lá enquanto estava desempregado e podia esperar, mas acabou sendo morta pela crueldade dele”, afirmou.

Jandira destacou ainda que, ainda que tenha tido um fim trágico, a sobrinha deixa lembranças positivas para todos. “Mesmo com essa morte tão horrível, no nosso coração, ela só deixa coisas boas. Era trabalhadora, amável e alegre. Uma pessoa que foi querida por tanta gente, animada e muito companheira para os amigos, para quem era da família. Todo mundo está arrasado de ver isso acontecer com ela”, completa Jandira.

Prima-irmã de Camila, Elaine Sampaio sempre esteve ao lado da recepcionista durante a vida. Ao falar dela, disse que era alguém que tanto ela como outros parentes podiam contar em qualquer momento. “Camila era uma pessoa família, amorosa, que estava junto para tudo mesmo nas dificuldades. Uma mulher feliz, guerreira, batalhadora. Ela era o amor de minha vida, minha prima-irmã”, relata.

O cemitério ficou cheio de pessoas que foram se despedir de Camila, mas, abalados, a maioria não teve condições de falar sobre o assunto. No entanto, pediram por justiça e para que Luis, que está foragido, seja encontrado e preso. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.